quinta-feira, 29 de setembro de 2011

Karla, a estilista!


Conheci Karla em meados de 1998, não me lembro bem.
Nos conhecemos num curso que acabamos na mesma turma.
Aos poucos fomos nos conhecendo melhor e fui descobrir que seu noivo e sua mãe faziam parte do meu círculo de amigos.
Ela sempre muito ciumenta, tinha vários problemas com o noivo, hoje ex.
Fomos nos aproximando a cada dia mais. O "Alejandro" também estava no curso...
Conversávamos muito, principalmente sobre o noivo dela. Mais ainda quando terminaram o noivado.
Nunca comentei nada sobre meu "rolo" com Alejandro, pois não tínhamos nada oficial...
Com o passar dos anos, fomos nos afastando. Ela continua obcecada pelo ex noivo e ninguém mais ao redor dela agüentava isso.
Por volta de 2003 nos reencontramos e marcamos um almoço onde a mãe dela foi junto.
Começou a me contar sobre sua "nova" vida.
Saindo apenas com "gringos", estudando moda e tal...
Num determinado momento ela diz que não sabe como os "gordos" não se tocam como as roupas não lhe caem bem..
Que deviam emagrecer para não poluir a visão das pessoas...
Well, preciso dizer a vocês que eu estava "gordo" nesta época e imaginem como me senti.
Depois começou a falar sobre moda, como os homens brasileiros se vestiam mal e tal...
Que os "gringos" tinham um gosto refinado e tal. Sabiam se vestir, combinar peças de roupas perfeitamente, cores e tudo mais.
Confesso que quando me despedi dela, sentia-me um lixo...
Pode parecer bobagem da minha parte, uma certa insegurança, mas achei muito, mas muito desagradável os comentários que ela fez.
Simplesmente me afastei dela, afinal, não queria "poluir" a visão dela com minhas gorduras....
Por volta de 2005 nos "esbarramos" na "finada" rede do Orkut.
Trocamos alguns "scraps" e só.
Um dia, uma amiga dela, a "Patricia" (claro que nome fictício), me adiciona dizendo que é amiga da fulana.
Trocamos alguns "scraps" ate que ela veio em casa e nos conhecemos.
Nossa amizade fluiu naturalmente. Ela tinha acabado de terminar o noivado e não tinha com quem conversar.
Karla tinha falado que eu era um ótimo ouvinte, amigo e etc.
Um dia, outra pessoa me adicionou no Orkut, um tal de Bill (apelido fictício rs).
Dizia ser amigo da Patricia. De boa... Aceitei.
Trocamos alguns scraps e combinamos um almoço.
Veja bem, eu sempre gostei de fazer amizades, tanto como tinha feito com Patricia...
Combinamos de nos encontrar na estação de Nagoya.
Estou eu, lá, parado, esperando o rapaz, quando vejo uma pessoa vindo em minha direção.
Não era qualquer pessoa, um rapaz, vestido de forma discreta, normal, como um homem, mas seu andar, seu jeito, seu rosto... Eram de uma super mulher rs
Eu confesso que fiquei estático... Não sabia se ficava ou saia correndo...
Não tenho nada contra, mas nunca andei com uma pessoa assim fora de boates ou bates gays.
Joguei o preconceito no lixo e fiquei ali parado. Quando ele chegou, apresentou-se e procuramos um local para almoçarmos.
Naquele momento, falei para eu mesmo que tinha que parar de me preocupar com que os outros pensavam, falavam ao meu respeito.
Bill, trouxe esse ensinamento a minha vida.
Almoçamos e pronto. Qualquer dia escrevo desse encontro...
Encontrei com Patricia logo depois, e ela foi logo me perguntando como tinha sido o "encontro"...
Fiz aquela cara de "não to entendendo" e falei que o cara era legal, mas meio "esquisito".
Ela então contou que antes de me conhecer, a Karla e ela uma vez num passeio, encontraram o Alejandro.
Disse que Karla logo disse que este era meu ex namorado entre outras coisas...
Patricia falou que depois que me conheceu, achou esta história estranha, mas como tinha sido a Karla que tinha falado e com tantos detalhes, que ela continuou acreditando...
Ai, como o Bill vivia pedindo para ela apresentar alguém legal para ele, ela resolveu nos apresentar....
Não disse a ela que eu não era gay, mas também não disse que sim.
Apenas deixei claro que não me envolveria com aquele rapaz...
Bom, eu confesso que não gostei de ficar sabendo sobre o que Karla andava falando de mim por ai.
Como ela fala algo que não é verdade?!
Nunca namorei com Alejandro!!!
E nunca disse a ela que sou gay!!!
Se ela achava isso, como minha amiga, tinha que me perguntar antes de mais nada penso eu.
Aonde esta a amizade, o respeito de um amigo neste caso?!
Eu nunca falei para as pessoas as coisas que ela me contava.
Eu fico pasmo com a atitude de certas pessoas....
Falam de nossa vida, de coisas que fazemos, de relacionamentos que temos, como se fossem verdades, como se soubessem algo!!!
Com que direito?!
E ainda se julgam nossas amigas?!
Que amizade mais esquisita é essa?!
Comentar algo sobre a vida de alguém com uma pessoa de sua confiança tudo bem, comentar o que pensa, o que acha, deixando claro que "pode ser" que aquilo seja verdade, vá lá, mas falar coisas como se fossem verdade, mas que na verdade saíram de sua imaginação?!
Ai não da né!!!
Se é seu amigo, porque não perguntar em vez de falar besteiras por ai?!
Sinceramente...

domingo, 25 de setembro de 2011

Alguém mais?!


Já faz algum tempo que ando calado...
Não consigo entender exatamente o que anda acontecendo...
Não venho aqui julgar, mas sim apenas desabafar...
Algumas pessoas ao meu redor estão agindo de uma maneira que não consigo compreender...
Elas brigam, discutem, se ofendem e sempre, mas sempre precisam ter a razão!!!
Até mesmo numa brincadeira boba precisam ganhar!!!
Recentemente um casal de conhecidos que nunca se deram bem acabaram com seu casamento definitivamente...
Ambos falam mal um do outro para qualquer pessoa...
Cada um conta uma versão incrivelmente diferente, acusando um ao outro a culpa do fim do casamento...
Não vou e nem pretendo escrever detalhes, pois me recuso a escrever o que andam dizendo um do outro aqui...
Verdadeiros absurdos...
Outro exemplo...
Um colega de trabalho, nossa, nem em brincadeiras fica por baixo...
Manda em todos, comporta-se como se fosse o "chefe", se "mete" em todos os assuntos e se fizermos uma brincadeira ou comentário com ele o rebaixando ou "tirando uma" com a cara dele, nossa, ele fala até calar nossa boca...
Existem outras pessoas infelizmente, mas é melhor parar por aqui com os exemplos, caso contrário, com certeza irei me estressar rs
O que quero entender, é o que anda acontecendo com as pessoas!?!?!
Será que não há como entrar num acordo, será que elas não conseguem enxergar que também erram?!
Meu Deus!!!
Todo mundo acha que tem a razão e ponto final?!
Um colega de trabalho vive me chamando de "trouxa" porque sabe o "fulano" ai em cima que comentei que manda em todo mundo?! Ele vive me dando "ordens" e eu para evitar confusão, simplesmente obedeço.
Não sou nenhum capacho, mas evito confusões...
Não o obedeço sempre que fala. Às vezes finjo que não escuto... rs
Mas, fico na minha, tentando evitar confusões, discussões, e principalmente, estresse desnecessário...
Não me sinto um "trouxa", apenas acho que temos que ter mais paciência com as pessoas ao nosso redor...
Hoje em dia todo mundo parece estar louco, esquecendo de ter um pouco de educação...
Será que estou errado?!
Será que só eu estou vendo isso?!

terça-feira, 6 de setembro de 2011

Será?!


A meses não entro aqui...
Confesso que estou passando por uma fase onde não tenho nenhuma vontade de nada...
É engraçado...
Lembro-me que quando jovem eu escutava algumas mulheres dizerem que era divertido, agradável ter um amigo gay, porque eles são sempre alegres...
Será mesmo?!
Ou será que o gay tenta através da alegria disfarçar sua dor?!

Zélia Duncan - Alma

Alma,
deixa eu ver sua alma
A epiderme da alma,
superfície.
Alma,
deixa eu tocar sua alma
Com a superfície da palma
da minha mão,
superfície
Easy, fique bem easy,
fique sem nem razão
Da superfície livre
Fique sim, livre
Fique bem com razão ou não,
aterrize
Alma,
isso do medo se acalma
Isso de sede se aplaca
Todo pesar
não existe
Alma,
como um reflexo na água
Sobre a última camada
Que fica na superfície,
crise
Já acabou, livre
Já passou o meu temor
do seu medo
Sem motivo,
riso, de manhã,
riso de neném
A água já molhou
a superfície
Alma,
daqui do lado de fora
Nenhuma forma de trauma
sobrevive
Abra a sua válvula agora
A sua cápsula alma
Flutua na superfície
lisa, que me alisa, seu suor
O sal que sai do sol,
da superfície
Simples, devagar,
simples, bem de leve
A alma já pousou
na superfície
Alma,
daqui do lado de fora
Nenhuma forma de trauma
sobrevive
Abra a sua válvula agora
A sua cápsula alma
Flutua na superfície
lisa, que me alisa, seu suor
O sal que sai do sol,
da superfície
Simples, devagar,
simples, bem de leve
A alma já pousou
na superfície
Alma,
deixa eu ver sua alma
A epiderme da alma,
superfície.
Alma,
deixa eu tocar sua alma
Com a superfície da palma
da minha mão,
superfície
Alma,
deixa eu ver
deixa eu tocar
Alma,
deixa eu ver
deixa eu tocar
Alma
superfície
Alma,
deixa eu ver sua alma
Alma
Alma