segunda-feira, 8 de abril de 2013

Casais gays sofrem nova pressão: ter filhos


Quando o radiante casal se uniu em junho, trocou votos personalizados e anéis de titânio, celebrou com brindes e dançou até ficar sem ar. Então, perguntas inesperadas começaram a surgir pela noite adentro.

Um após o outro, os convidados começaram a perguntar: vocês vão ter filhos? Quando vocês vão ter filhos?

Tom Lotito e Matt Hay, ambos de 26 anos, ficaram emocionados. Quando eram adolescentes, nunca imaginaram que se casariam, muito menos que amigos e familiares os encheriam de perguntas sobre ter filhos.

'É outra coisa que me faz sentir que o que temos é válido diante dos olhos dos outros”, diz Hay, que se casou com Lotito em junho, frente a 133 convidados.

À medida que legisladores e tribunais expandem a definição legal de família nos Estados Unidos, casais de mesmo sexo estão começando a sentir a mesma pressão quanto a ter filhos que os casais heterossexuais sentem há tanto tempo.

Para alguns casais, é outro sinal bem-vindo de sua crescente inclusão nos padrões sociais norte-americanos. Porém, para outros, que têm de ouvir perguntas persistentes sobre filhos no escritório, em festas e reuniões familiares, a questão pode ser bem mais complicada.

Muitos homens gays se conformaram com a ideia de que nunca seriam aceitos pela sociedade como pais amorosos, presumindo que nunca teriam filhos. Sofreram essa perda e seguiram adiante, mesmo enquanto outros homens e mulheres homossexuais adotavam uma vida sem filhos. Por essa razão, essas perguntas podem trazer à tona sentimentos amargos e causar desentendimentos profundos entre um casal sobre ter filhos ou não, agora que cada vez mais casais homossexuais resolvem ser pais.

O processo também pode ser difícil em termos logísticos e financeiros, com os pais tendo de escolher entre adotar ou usar uma barriga de aluguel. E assim que têm filhos, muitos casais homossexuais ainda enfrentam críticas inevitáveis – verbalizadas ou não – daqueles que ainda não se sentem à vontade com a ideia de que eles sejam pais.

Contudo, o apoio para que casais de mesmo sexo tenham filhos tem aumentado no país. Uma pesquisa do Centro de Pesquisa Pew, realizada em julho e divulgada na semana passada, revelou que, pela primeira vez, a maioria dos entrevistados em uma enquete – 52 por cento – disse que homens e mulheres homossexuais deveriam ter permissão para adotar crianças, um número maior do que os 46 por cento de 2008 e os 38 por cento de 1999.

A mudança na opinião pública e a simples pergunta – vocês vão ter filhos? – deixa alguns homens gays maravilhados, talvez ainda mais do que as lésbicas, para as quais dar à luz sempre foi uma opção.

Greg Moore, de 62 anos, gerente corporativo aposentado de Fort Lauderdale, Flórida, balança a cabeça com admiração quando vê jovens casais de homens conversando sobre seus filhos pequenos. Essa possibilidade parecia fora do alcance quando ele e seu marido, de 74 anos, que estão juntos há 44 anos e se casaram em 2008, sonhavam ter filhos.

'Os gays não tinham filhos', disse ele, melancolicamente. 'Só os héteros tinham.'

A cultura popular está ajudando a rescrever essa história. Os homens gays que têm ou estão considerando ter filhos estão se tornando cada vez mais visíveis na televisão. Em 'Modern Family', o programa de TV mais popular nos EUA, o casal Mitchell e Cameron considera adotar um segundo filho na última temporada que foi transmitida. Em 'Scandal', uma nova série da ABC, um funcionário de meia-idade da Casa Branca reclama sobre o desejo de seu parceiro de adotar um bebê da Etiópia. E neste outono, uma nova sitcom da NBC, chamada 'The New Normal', mostrará um casal gay e sua barriga de aluguel.

A mudança também se reflete em dados do censo. Entre 2000 e 2010, entre os casais homossexuais que têm filhos, a porcentagem de casais com crianças adotadas aumentou de 9 por cento para 20 por cento, de acordo com uma análise de Gary Gates, demógrafo do Instituto Williams na Universidade da Califórnia, em Los Angeles. (A maioria dos casais homossexuais que têm filhos adotivos são de lésbicas, mas os homens gays correspondem a uma fatia crescente, respondendo por cerca de um terço desses casais em 2010, bem mais do que um quinto, índice registrado em 2000.)

'É inquestionável que o conceito de família está evoluindo', diz Gates.

Porém, ele também observou que muitos norte-americanos continuam profundamente contrários a que pais gays tenham filhos.

Em dois estados – Utah e Mississippi – a adoção de crianças por casais homossexuais é explicitamente proibida. Em metade dos outros estados, eles enfrentam obstáculos legais significativos, particularmente porque não podem se casar legalmente. E alguns líderes religiosos se recusaram a oferecer serviços de adoção para casais gays.

Bispos católicos romanos de Washington D.C., Illinois e Massachusetts fecharam serviços de adoção, em vez de cumprirem com exigências de considerar casais de mesmo sexo como possíveis pais adotivos.

Consequentemente, mesmo em redutos democratas, como Washington, alguns homens gays guardam seus sonhos de ter filhos para si mesmos.

Porém, para Jeff Krehely, de 35 anos, casado há seis, não há como escapar dessa questão em seus círculos sociais. Seus amigos fazem perguntas. Seus colegas de trabalho também. Seus pais estão tão ansiosos que começaram a enviar cartões de aniversário para os seus dois gatos (eles os chamam de 'grandkitties', algo como 'gatinhos netos').

No feriado de 4 de julho, quando Krehely e seu marido tomavam café gelado com vários outros casais gays, ele sabia que era só uma questão de tempo para que o assunto viesse à tona. Três dos cinco casais disseram que estavam considerando seriamente a adoção.

'Todos ficaram perguntando: como está seu cronograma? Qual é o seu plano?', diz Krehely, analista político, que ainda está avaliando se quer mergulhar de fato nessa história.

Alguns homens gays que não têm planos de ter filhos, porém, veem a mudança como uma espécie de faca de dois gumes. Por um lado, eles recebem bem a sensação de inclusão que acompanha o fato de sempre responderem perguntas sobre filhos. Por outro lado, esse tipo de pergunta se tornou insistente.

Rudolph Chandler, de 57 anos, e George Walker, de 43, que se casaram em 2010, pensaram bastante antes de optar por não ter filhos. Disseram que admiram muito os amigos que são pais. Contudo, hoje em dia, eles respondem com tanta frequência quanto a planos de ter filhos que ficam sem paciência quando o assunto surge.

'É irritante, cansativo', diz Chandler, economista especializado na área de saúde.

John Corvino, de 43 anos, diretor do Departamento de Filosofia da Universidade Wayne State, em Detroit, até elaborou uma resposta padrão que dá com um tanto de humor quando é questionado sobre se quer crianças: 'para tirar a neve e cortar a grama? Claro', diz ele. 'Mais do que isso, não.'

Quanto a Lotito e Hay, o casal que se casou em junho, em North Bethesda, Maryland, eles confessaram ter ficado cansados com as perguntas repetitivas sobre filhos na noite de seu casamento.

'Foi tipo: 'o casamento ainda está rolando, pessoal'', diz Lotito. 'Fico lisonjeado com as perguntas, mas não estou pensando nesse assunto.'

Lotito, que trabalha com contratos para uma agência federal, diz que nunca quis ter filhos. Hay é professor de música do ensino fundamental. 'Ele dá aula para cerca de 800 crianças por semana', diz Lotito. 'É bom não ter crianças quando ele chega em casa.'

Isso não impediu que os amigos e familiares continuassem perguntando. A mãe de Lotito, Lisa Sanno, que sonha com netos e perguntou a eles a respeito (mais uma vez) no casamento, tem pensado sobre todas as opções.

No momento, ela tem gostado particularmente da ideia de uma barriga de aluguel que possa dar a seu genro e a seu filho dois filhos biológicos, um de cada um.

'Eles são jovens', diz Sanno, sempre otimista. 'Talvez mudem de ideia.'


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É incrível como são as coisas...
Em alguns países (sua maioria), os homossexuais ainda estão lutando para aceitarem seu tipo de vida, enquanto que nos EUA, agora enfrentam a "pressão para terem filhos"...
Não sou muito chegado nos EUA, confesso, mas a liberdade que existe por lá, sem dúvida é de se invejar... Principalmente por nós, brasileiros...
Eu, morando aqui, no Japão, do outro lado do mundo penso isso...
Nunca na minha vida enfrentei problemas por ser homossexual por japoneses...
Mas, os brasileiros...
Agora, o mais engraçado de tudo, é que geralmente enfrento críticas, preconceito de "HOMENS", héteros, que não são capazes de fazer metade do trabalho que faço!!!
E ai eu me pergunto: "Eu que sou a bicha"?!
Desculpem a palavras, mas é a que geralmente eles usam e eu sinceramente, odeio...
 

quinta-feira, 4 de abril de 2013

Renúncia do Papa é exposição de crise na Igreja, diz socióloga


Uma Igreja marcada pelo carreirismo, pela rigidez moral e sem mulheres em seus postos de comando não deve sofrer mudanças significativas tão cedo. A socióloga Maria José Rosado, professora da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP) e presidente da ONG Católicas pelo Direito de Decidir, vê na renúncia de Bento XVI – que deixou o comando da Igreja Católica às 20h (16h no horário de Brasília) da última quinta-feira (28) –, uma exposição de todas as crises enfrentadas nos últimos anos, e acredita que os pedidos de renovação feitos pelo Papa em seus últimos discursos são mais no sentido de reafirmação das doutrinas conservadoras do que de uma mudança efetiva.

A ONG que preside – parte de uma rede latino-americana que também laços na Europa – defende uma Igreja mais democrática, inclusiva, horizontal, com influência das comunidades locais e menos carreirismo, voltada para a justiça social e aberta às mudanças do mundo, sintonizada com os problemas contemporâneos. Mais do que isso, pede uma participação e atenção especial às mulheres, tanto em políticas que permitam a aceitação dos avanços em relação à sexualidade e reprodução, quanto permitindo que elas entrem em postos de comando, tendo voz e vez na elaboração da doutrina da Igreja.

"É um momento crítico para a Igreja, 
é uma crise que vem de muitos lados, 
tem muitas faces."
Maria José Rosado

“É um momento crítico para a Igreja, é uma crise que vem de muitos lados, tem muitas faces. A renúncia do Papa é a exposição dessa crise, o ápice dela”, diz a socióloga. Além dos escândalos que atingem postos de comando da Igreja – denúncias de pedofilia, omissão da alta hierarquia, corrupção, problemas no Banco do Vaticano – há a perda de fiéis. Algo que a socióloga vê como uma consequência da modernização da sociedade, cada vez menos sacralizada.


Bento XVI saúda fiéis que foram a Castel Gandolfo (Foto: Reuters/Osservatore Romano)

“Essa possibilidade de múltiplas religiões, e a aceitação social que a pessoa pertença a qualquer religião ou mesmo não a tenha, é uma possibilidade real, que vem ganhando a cultura. Essa é a grande dificuldade de uma Igreja que foi durante séculos detentora do poder, e que se vê cada vez mais próxima de se tornar apenas uma entre as outras.”

Ela diz que a Igreja também vem enfrentando perda de fiéis nas classes mais intelectualizadas, que acabam reagindo de forma mais intensa a posições defendidas pela religião.

“Onde a Igreja perdeu mais fiéis, na Europa, nos EUA, a perda foi enorme. Essa perda devido às posições arcaicas e medievais da Igreja diz algo para as classes intelectualizadas, que são muito importantes do ponto de vista financeiro e também da renovação de quadros”, explica a socióloga.

Segundo ela, esse “abandono” de parte das classes mais intelectualizadas reflete na constituição dos agentes religiosos. “Não se comparam os quadros de bispos que havia na época da Teologia da Libertação com os que temos hoje.”

"Não há nenhuma indicação 
de que haverá uma abertura 
na questão da moral sexual."
Maria José Rosado

Apesar de todos os problemas indicarem uma real necessidade de mudanças estruturais, Maria José vê uma manutenção do status atual – em sua maior parte porque, como muito se falou desde o anúncio da renúncia, os cardeais que elegerão o novo Papa foram apontados pelo próprio Bento XVI ou por João Paulo II, de quem o atual Papa deu continuidade à forma de liderar a Igreja.

“As indicações que se têm são muito mais no sentido da manutenção e aprofundamento do governo conservador do que para a renovação”, diz a professora. “Não há nenhuma indicação de que haverá uma abertura na questão da moral sexual. A realidade é que a humanidade tem diversas possibilidades em relação à sexualidade. A correlação entre a estrutura da organização e o que ela faz no campo da moral sexual é imediata. Ela só demonstraria uma mudança se alterar a estrutura. Sem mulheres, isso não vai acontecer. Os homens que estão lá são muito menos pastores e muito mais carreiristas.”

Fonte: G1

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Bento XVI renunciou...
Apesar da notícia não ser nova, eu tinha que comentar algo sobre isso.
Se todo mundo fala, por que eu não?
Nunca gostei desta criatura de Deus e sempre achei que algo iria acontecer e ele não duraria muito tempo...
Quando ele começou a "atacar" os homossexuais eu simplesmente achei isso...
Hoje em dia fazer campanha contra gays?!
Por favor!!!
Finalmente, depois de séculos estamos conseguindo com que as pessoas comessem a aceitar nossa vida e ai vem um "infeliz" desses e tenta colocar o mundo todo contra?!
E ainda mais um Papa Católico!!! Como se a grande maioria de homossexuais não fossem Padres!!!
Ora, faça me o favor!!! É muito cinismo!!!
Não sou apenas eu que sei muito bem que muitos, mais muitos padres, freis e freiras são gays!!!
Lembro-me até hoje da missa de sétimo dia da morte de meu avô!!!
O Padre parecia que estava fazendo um show de drag queen!!!
Era uma mulher!!! Minha família ficou horrorizada....
A única coisa que sei, é que homossexualismo, não é uma escolha de vida e sim um tipo de vida!!!
Eu não me lembro de ter escolhido gostar de homens e sim sempre ter gostado!!!
Enfim, o que queria dizer, é que esta foi uma das melhoras notícias que tive este ano!!!
A renúncia deste homofóbico!!!
Que não duvido nada nada gostar da fruta!!!
Fui!!!

terça-feira, 2 de abril de 2013

Joelma se defende de críticas, mas continua acreditando na cura homossexual


No último sábado (30), Joelma usou o Twitter do Calypso para se defender contra as críticas feitas às suas declarações de que 'gays seriam como drogados em recuperação'.

'Eu não comparei gays às drogas, disse que a recuperação é tão difícil quanto, mas Deus faz o impossível. Bjs Jô', escreveu ela na rede social.

Em entrevista à revista 'Época', Joelma afirmou que seu melhor amigo é gay. E que apesar de todas as divergências de pensamentos, são muito próximos.

'Falo em recuperação porque conheço pessoas que saíram dessa. Foi muito difícil, mas Deus pode absolutamente tudo', disse.

E completou: 'Já vi muitos se regenerarem. Conheço muitas mães que sofrem por terem filhos gays. É como um drogado tentando se recuperar'.

Joelma ainda opinou sobre o casamento gay, o qual disse ser contra. 'Tenho muitos fãs gays, mas a Bíblia diz que o casamento gay não é correto e sou contra.'


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Sinceramente não sei nem que é esta fulana, mas sinceramente também, acho que ela tem todo direito de dizer o que pensa...
O importante é ela saber respeitar o que cada um é e não achar que é uma escolha... 


domingo, 31 de março de 2013

Retomando o Blog


Confesso que continuo longe...

Muito trabalho, pouco tempo livre e muito stress...

Mas, vou tentar voltar a publicar coisas por aqui... 

Não sei se existe algum leitor, mas isso não importa...

Acredito que seja uma forma de "desabafar" um pouco...

Afinal, não tenho com quem conversar sobre esses assuntos...

Beijos e abraços!!!